26 de março de 2007

- ENTREVISTA EXCLUSIVA na Veja!

Conseguimos uma entrevista exclusiva com o famoso escritor Diegus Lops (ou Djyèghüzz LoPs, como prefere ser chamado agora), de idade indefinida. Apesar da fama de recluso, violento, arredio e avesso a entrevistas, mostrou-se calmo e ponderado. Só irritou-se algumas vezes, ao ser interrompido por Agenor (seu anão besuntado de estimação), que implorava para ser alimentado. Fomos recebidos em sua mansão no Morro da Polícia, à beira de sua piscina de mil litros da turma da Mônica. Vestia chinelas verdes e um robe de chambre bordeaux, roubado do Ritter Hotel, e uma redinha nos cabelos. Tinha um charuto apagado entre os lábios. "Assim dura mais", explicou mais tarde.

Com vocês, Djyèghüzz:
Revista Veja - O seu último livro foi aclamado pela crítica. Mas e quanto ao público, como foi a aceitação?
Diegus Lops – Bem, a última pessoa que leu o exemplar de Noite Perdida me manda, periodicamente, fotos de sua iguana em poses sensuais. Acho que deve ser um bom sinal, não é?
V- O senhor acredita em horóscopo?
DL – Sim, muito. Aliás, sou do signo de escorpião, dragão pelo horóscopo chinês e bugio com ascendente em capivara pelo horóscopo Gaudério. O cara de Bugio tem como principais características a força de vontade, a determinação e uma coceira desgraçada no saco.
V – Com que roupa você dorme?
DL- Geralmente com a minha mesmo, mas às vezes pego a da tua irmã.
V – Como você reage às recentes acusações de que mantém relações sexuais com menores de idade aqui na sua mansão?
DL – São calúnias! Querem me desestabilizar. A cadela em questão tem três anos, mas todo mundo sabe que em idade humana isso corresponde a 21 anos, portanto, maior de idade.
V – A sua obra com freqüência apresenta elementos dispostos adrede com motivações internas partindo de uma sintaxe própria que dialogam en passant com Hegel e a Escola de Frankfurt, gerando uma similitude que carece de suscetibilidade em si, com a vantagem de não ser prolixa.
DL – Cuma?
V – Diegus, é verdade que seu personagem barbudão assassino estuprador fascista e sanguinário do romance A Besta ao Quadrado foi baseado no seu pai, como uma forma de desabafar contra toda a repressão sofrida na infância? E quanto a proclamada homofobia na peça A Consulta?
DL – Especulações absurdas de fanáticos freudianos, não têm base na realidade. Além do mais, faz anos que meu pai não usa mais barba. E quanto a elementos omofóbicos, devo dizer que não tenho nada contra qualquer sabão em pó. E se este se sentiu discriminado, aproveito a oportunidade para pedir minhas mais sinceras desculpas.
V – Música insequecível:
DL – “Ovo podre tá fedendo”.
V – Livro de cabeceira:
DL – Os meus, cada vez aprendo mais com eles.
V – Bebida?
DL – Sim, obrigado.
V – Quem você levaria para uma ilha deserta?
DL – A minha coleção de catálogos de lingerie da Avon.
V – Grau de instrução:
DL – Tive minha educação básica assistindo filmes do Charles Bronson.
V – Maior frustração:
DL – Não ter me classificado para o Campeonato Citadino de Bilboquê ano passado.
V – O que sabe agora que gostaria de ter sabido antes?
DL – Que comer uma lata inteira de balas Flópi Diet causa desarranjo intestinal.
V – Tem algum hobby?
DL – Além deste que estou usando?
V – Filosofia de vida:
DL – Não adie para amanhã o que pode deixar de fazer hoje.
V – Viagem marcante:
DL – Quando meus pais me levaram pela primeira vez ao Zoológico de Sapucaia. Já falei que semana que vem quero ir de novo.
V – Invenção do século:
DL –Coçador de costas, daqueles com mãozinha.
V – Qual seu maior medo?
DL – Tenho medo de engolir um palito de dentes, vestido de lenhador, preso em um elevador lotado, enquanto cantam parabéns a você para mim.
V – Em que tipo de ocasião você mente?
DL – Sempre que posso.
V – Qual figura histórica o senhor admira?
DL – Chico Bento.
V – Seu herói de ficção favorito?
DL – Sylvester Stallone.
V- Muito obrigado pela entrevista.
DL - Obrigado você.
V- Não, obrigado você.
DL - Não, obrigado você.
V - Não, obrigado você.
DL - Não, obrigado você.
V- Não, obrigado você.
DL - Não, obrigado você.
V- Não, obrigado você.
DL – Ta, chega, vai embora!

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