8 de julho de 2009

Shirley, a barata nojenta

Quem anda pelas livrarias já percebeu a mais nova tendência da literatura best-seller atual. Depois de magos, mulheres de 30 anos, conspirações, oriente médio e segredos, a nova onda são os bichinhos. Começou com Marley e Eu, que conta a história REAL de um labrador atrapalhado que conquistou uma família, provando que “o amor supera tudo, até mesmo o tempo”. Logo depois do livro do cãozinho – que chegou a virar filme – foi a vez dos felinos, com Dewey, que conta a história REAL de um gatinho que apareceu em uma biblioteca e mostrou que “o amor supera tudo, até mesmo o tempo”. Como se não bastasse, recentemente apareceu também Wesley. É a história REAL sobre uma corujinha que foi adotada por uma garotinha numa comunidade americana. O pássaro traz ao leitor uma lição valiosa, adivinhe qual: “o amor supera tudo, até mesmo o tempo”.

Como não vivo apenas de alta literatura, resolvi escrever também o meu livro de bichinho, antes que a moda passe. Para fazer companhia a Marley, o cão, Dewey, o gato, e Wesley, a coruja, trago Shirley, a barata nojenta. O meu livro conta a história de Shirley, uma barata que mora no armário da cozinha do restaurante Muralha da China. Um dia, um inspetor da Secretaria da Saúde faz uma blitz e se depara com as péssimas condições de vida de Shirley. Comovido, ele a adota e a leva para o seu apartamento. A princípio sua mulher fica com nojo de Shirley, depois, com ciúmes, mas no final todos vão aprender que “o amor supera tudo, até mesmo o tempo”.

Não deixe de não ler Shirley, a barata nojenta.
Em breve, nas piores livrarias.

3 comentários:

  1. Shirley teve sua família dizimada e servida em um suculento Yakisoba no próprio Muralha "das chinas".
    Achei uma foto no pc... Ou duas... Mas não é da banda, só o backstage e as groupies.
    abra!

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  2. deuz te ouça, Ravick, deuz te ouça...

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