6 de fevereiro de 2009

A Revelação

Quem não me conhece sabe que tenho algumas manias que os psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e mães-de -santo já desistiram de tratar. Mas convivo bem com os transtornos, mesmo quando agravados com a comorbidade, a soma de um ou mais deles. Por exemplo, tenho um gigantesco complexo de culpa, uma incansável mania de perseguição (estou sempre perseguindo os outros) e uma generosa pitada de paranóia. Assim, suo frio toda vez que passo por alarmes na saída de supermercados e lojas, achando que vão soar mesmo que eu não tenha roubado nada. O problema é que, uma vez, roubei sem querer, então temo que isso possa acontecer de novo, o que transformaria uma bela tarde de compras no shopping em uma noite de horrores no Presídio Central. Também fico um tanto preocupado quando os seguranças falam nos seus walkie -talkies: sempre penso que estão falando de mim. Ah, também já faz tempo que desisti de ir em bancos com portas-giratórias...

Bom, só disse isso pra explicar aos amigos por que ando tão angustiado desde que vi esses outdoors na rua. E o pior é que vejo os outdoors exatamente nos locais onde eu passo, prova incontestável de que a mensagem é dirigida a minha pessoa. Isso só pode ser obra dos meus inimigos. Estou morrendo de medo de que chegue o dia 12 de fevereiro.

8 comentários:

  1. A tua paronia nao faz o menor sentido... Dia 12 e o aniversario do meu irmao. Eh obvio que isso eh dirigido a ele...

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  2. heheheheh

    mas fique tranquilo, você não é político.

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  3. Não é preciso ser político para ser autoritário ou corrupto.

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  4. não mesmo, vai ver que descobriram meu pai

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  5. então, antes do dia 12, podias contar como foi o roubo (ram ram) acidental... do contrário, poderemos nunca saber.

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  6. comentarios: 1

    Anonimo Mais Importante (diretamente de Dourados)

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  7. Tá, já é dia 20. O que, afinal, aconteceu?
    (desculpe se o segredo fez-se público e eu não sei. é que moro longe)

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  8. Cláudia, para meu grande alívio, era uma campanha do CPERS contra a nossa amável governatriz Yeda.
    Ela ficou p. da vida e entrou com uma liminar para evitar a divulgação dos outdoors...
    Foi uma polêmica das grandes aqui na Província.

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