Farei aqui um desabafo. Trata-se de algo que há muito tempo me incomoda e sobre o qual venho calando em nome das boas relações sociais. Simplesmente não posso seguir em omissão diante desse hábito que traz transtornos tremendos a minha pessoa. Sei que irei me indispor com amigos, parentes, colegas de trabalho, namoradas, amantes, mas sinto-me obrigado a tratar do assunto aqui neste espaço que o povo me concedeu.
A questão é: o que há com aquelas pessoas que espalitam os dentes em restaurantes com a mão em concha? Essa prática é absolutamente nojenta e totalmente não recomendável para ambientes públicos. Você já viu a cena: logo após a refeição, o sujeito, munido de um palito de dentes de madeira, se prepara para a limpeza dental: com o indicador e o polegar opositor, segura o palitinho, dirigindo-o à cavidade bucal. Com a outra mão é que ele comete o crime maior: formando uma concha, ele cobre a boca enquanto desempenha o ato de buscar restos de alimentos entre as cavidades dos dentes. O nosso amigo acredita que, com a mão em concha, está tudo liberado. E fica ali, bem sério, durante uns 30 ou 40 segundos, retirando restolhos (nervinho da carne, fiapinho do abacaxi, fiozinho do aipim/mandioca/macaxeira). Depois, é claro, os engole. Às vezes, quando a comida presa custa a sair, os movimentos de cabeça não são nada discretos. Se o espalitador público for seu amigo/parente, a coisa fica constrangedora.
O ritual é repetido centenas de milhares de vezes no país todo, todos os dias, à hora do almoço. O que eles pensam?! Colocando a mão em conchinha ninguém vai ver o que estou fazendo? Quem sabe não estendemos o advento da mãozinha em concha para outros hábitos da mesma categoria? Quem sabe o rapaz pode coçar o saco no elevador, desde que coloque a outra mão em concha? Ou o vovô pode tirar cera do ouvido com a unha, na fila do pão, contanto que use a mãozinha em concha? Quem sabe o seu professor grisalho pode remover melecas se estiver com a mão em concha na frente do nariz? Até a madame pode ajeitar a calcinha no supermercado, claro, com a mãozinha
Sei o quanto é difícil romper com hábitos tão arraigados e que já fazem parte da nossa cultura, de certa forma. Mas chegará o dia em que a humanidade olhará o espalitador público como algo de uma época distante, mas sem um sentimento nostálgico. Será como o leiteiro, vassouras de palha ou o paulomaluf.
Pronto, já me sinto melhor.
Yecksssssssss
ResponderExcluirAre you more crazy than usual! LOL
Jesus Dad.. lmfao
We gotta find a day to get together.. like a night you arent working at the airport..
kissessssss
Nossa! Que nojo! Por essas e outras que, na minha casa, palito de dente e fio dental, só no banheiro.
ResponderExcluirAbraço,
Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com
eu não palito os dentes, com ou sem conchinha. na verdade costumo andar com escova de dentes, então nunca foi problema ir até o banheiro do restaurante... mas agora sei que posso fazer toda minha toalete na mesa mesmo (desde que faça conchinha)!
ResponderExcluirquer o cd ou quer baixar? bom, botei o disco completo com uns bonus aqui: http://rapidshare.com/files/118478082/05_Weezer_-_the_red_album__2008_.rar.html
hahahahahahah
ResponderExcluirmto boa
;D
esqueceu de comentar o dedo mindinho pra cima (muito chique)que muitos não conseguem evitar quando se utilizam do recurso da mão em concha.
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