25 de agosto de 2009

Deus seja lavado

Você sabe, nas notas de Real há sempre a inscrição Deus Seja Louvado. Mas peraí, não vivemos em um Estado laico, em que a religião não dá as cartas? Pois é, parece que não é bem assim por aqui. Tem gente que não engole isso, e as pessoas normais simplesmente não conseguem ser compreensivas com a indignação dos ateus mais ferrenhos. Imaginemos então outras inscrições, que não tragam deus, mas remetam a certas religiões. Como reagiriam os católicos se as notas de Real tivessem a inscrição “Salve Pai Bará”. Pois é.

Uma coisa é liberdade de religião, outra é imposição de suas ideias por meio de recursos governamentais. Já vi grupos de ateístas em comunidades na internet fazendo campanha para riscar a frase das notas, e conhecia outro que acrescentava a palavra “não”, transformando em “Deus não seja louvado”. É uma coisa boba, eu sei. Mas entre ateus e a Casa da Moeda, sobra mais razão aos primeiros.

De qualquer modo, isso me lembra o Millôr:
“De repente comecei a acreditar em Deus. Tá impossível acreditar em qualquer outra coisa.”

Um comentário:

  1. Eu gostei das campanhas em ônibus pela Europa (frases do tipo "There is no God. Enjoy your life."), o que irritou muitos cristãos, causou estardalhaço, etc. Em suma, se ateus não poderem divulgar a idéia de que Deus não existe, e Darwinistas também, por princípios democráticos, religiões também não poderiam se propagandear - imagina que mundo lindo, não?

    Alguém sugeriu isso em um site ateísta e gostei: sair batendo de porta em porta divulgando a palavra de Darwin, ou algo do tipo.

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