13 de julho de 2008

Carta enviada a minha médica

Carta para Minha médica, J. I. F., Chefe do Departamento de Neurofisiologia Clínica da Academia Brasileira de Neurologia:


Olá J., hoje acho que completei duas semanas de uso do Tegretol. Não sei exatamente como deve ser esse retorno que tu me pediste, isto é, não sei que aspectos devo privilegiar nessa auto-avaliação. Para mim é um pouco difícil responder a perguntas que não sejam específicas, assim, vou tentar falar um pouco de tudo, porém sendo objetivo, direto, claro, sem rodeios (até porque sou contra essa atividade cruel), sem divagar mais. Bom, falo "divagar" pois é o que geralmente acontece quando tenho que falar de mim mesmo, por isso não vou enrolar mais e vou direto ao assunto. A propósito, já disse que ia ser objetivo, direto e claro?

Respondendo à sua pergunta: O que aconteceu comigo nesses últimos 13 ou 14 dias? Nos primeiros 3 ou 4 dias, após iniciar com a medicação, tive uma melhora significativa de humor, que não acredito ter sido proporcionada pelo remédio, já que alguns fatores externos favoreceram esse quadro. Nos dias seguintes continuei com um humor em ascensão, atingindo verdadeiros picos de euforia, realmente muito bons e produtivos, com uma energia física e criativa incomuns. Também perdi um pouco do prazer de ler. Dormi menos à noite, acordei mais cedo e não tive sono à tarde (o que é bastante incomum pra mim). Porém, como tudo que é bom não dura muito, nos últimos três dias tive um sensível declínio na minha energia e humor geral, chegando a ficar bastante abatido. Você pergunta ainda que nota eu me dou. A nota que eu daria pra mim mesmo variou, nesse período, de 5 a 8. Com essa dose atual de carbamazepina, não tive efeitos colaterais que pudesse notar. Na parte sexual ainda não posso relatar nada, devido à baixa atividade nesse período (um eufemismo para seca total). Bom, como não tenho objetivo de enfadar ninguém, encerro esta carta por aqui mesmo.

um abraço, diegolops

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