Entrevista na Zero Hora

Depois de insistentes pedidos, finalmente a equipe de ZH teve $inal verde para entrevistar Djegovsky Lopinshk. A enviada foi a repórter Lígia Eckhardt. Porém, abalado com a beleza da jornalista, Djegovsky não se segurou e acabou fazendo gracejos inapropriados durante a entrevista. ZH entende que a conduta de Djegovsky foi danosa ao jornalismo sério e informativo. A única valia foi a revelação do lado mais brega e piegas do escritor. Assim, ZH se reservou o direito de não publicar a matéria e decidiu enviar um novo entrevistador, dessa vez um homem feio.

Leia as duas entrevistas abaixo. A primeira foi censurada, já a segunda é a que será publicada no Caderno Donna sem ser nesse domingo no outro.



Entrevista banida por excesso de breguice:

Zero Hora: Qual sua lembrança de infância mais remota?
Djegovsky Lopinshky: O primeiro beijo, aos seis anos.
ZH: Qual seu maior ídolo na adolescência?
DL: Don Juan.
ZH:Onde você passou as suas férias inesquecíveis?
DL:Paris. Quero ir novamente, mas só quando encontrar alguém especial.
ZH: Qual sua idéia de um domingo perfeito?
DL: Um domingo em que acorde pela manhã e veja você ao meu lado na cama. Depois eu levo café na cama e passamos o dia fazendo amor.
ZH:O que você faz para espantar a tristeza?
DL: Dou entrevista para jornalistas morenas de olhos verdes.
ZH: Que som acalma você?
DL: A sua voz.
ZH:O que dispara seu lado consumista?
DL: Adoro comprar jóias e roupas para a minha parceira.
ZH: Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa?
DL: Paixão.
ZH: Que livro você mais cita?
DL: Kama Sutra.
ZH: Que filme você sempre quer rever?
DL: Uma Linda Mulher.
ZH: Que música não sai de sua cabeça?
DL: “Estou apaixonado”, com João Paulo e Daniel.
ZH: Um gosto inusitado.
DL: Presentear a minha amada com um carro novo a cada seis meses.
ZH: Um hábito de que você não abre mão.
DL: Massagem com óleos perfumados no corpo todo da minha parceira e depois fazer sexo oral.
ZH: Um hábito de que você quer se livrar.
DL: Me apaixonar facilmente.
ZH: Em que situação vale a pena mentir?
DL: Jamais minto para o meu amor.
ZH: Em que situação você perde a elegância?
DL: Sou um gentleman.
ZH: Em que outra profissão consegue se imaginar?
DL: Massagista.
ZH: O que você estará fazendo daqui a dez anos?
DL: Ainda acordando ao seu lado, fazendo amor como da primeira vez e cuidando dos nossos filhos na nossa casa de campo.
ZH: Eu sou...
DL: ...um azarado por não ter conhecido você antes.



Entrevista que deve ser publicada sem ser neste domingo no outro:

Zero Hora: Qual sua lembrança de infância mais remota?
Djegovsky Lopinshky: Quando peguei meu pai com a empregada. Não, não, acho que antes ainda flagrei minha mãe com o jardineiro.
ZH: Qual seu maior ídolo na adolescência?
DL: Jeca Tatu.
ZH: Onde você passou as suas férias inesquecíveis?
DL: Iraque.
ZH: Qual sua idéia de um domingo perfeito?
DL: Quero que o domingo se exploda.
ZH: Que som acalma você?
DL: Quando acordo no meio da noite e ouço gritos e sirenes de polícia, logo coloco a cabeça de volta no travesseiro e suspiro: “adoro a cidade grande”.
ZH: O que dispara seu lado consumista?
DL: Penduricalhos miguxos de espelho retrovisor interno de carro.
ZH: Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa?
DL: Seborréia.
ZH: Que livro você mais cita?
DL: O incrível método silva de controle mental.
ZH: Que filme você sempre quer rever?
DL: Desejo de matar IV.
ZH: Que música não sai de sua cabeça?
DL: A do caminhão de gás.
ZH: Um gosto inusitado.
DL: Azedo.
ZH: Um hábito de que você não abre mão.
DL: Lançar um best-seller por ano.
ZH: Um hábito de que você quer se livrar.
DL: Aceitar dar entrevistas para jornalecos.
ZH: Um elogio inesquecível.
DL: Num intervalo do programa da Hebe, Alexandre Frota me confidenciou num cochicho: “Você é meu intelectual preferido”.
ZH: Em que situação vale a pena mentir?
DL: Sempre que for necessário, principalmente quando for pra evitar um possível processo judicial.
ZH: Em que situação você perde a elegância?
DL: Não posso perder o que nunca tive.
ZH: Em que outra profissão consegue se imaginar?
DL :Estivador.
ZH: O que você estará fazendo daqui a dez anos?
DL: Estarei fazendo 40 anos.
ZH: Eu sou...
DL: ...um repórter impertinente e sem criatividade, tchau pra ti.