

Não sei a diferença entre um Picasso e o último outdoor da Coca-Cola, e confesso que mal saberia diferenciar um Kandinsky ou um Miró se estivessem escondidos entre os desenhos do meu primo de 5 anos. E Basquiat então, nem se fala:

A primeira vez que vi O grito, de Edward Munch, pensei que poderia ser um cartaz do filme Pânico. Não pagaria 10 reais pelos Girassóis de Van Gogh, muito menos 50 milhões de dólares. O mictório invertido, de Marcel Duchamp, para mim é apenas um urinol mal instalado. Dada essa dificuldade em entender a Arte, me muni de argumentos infalíveis, para agradar meus anfitriões, e, principalmente, para não passar vergonha diante de telas, esculturas e instalações.


Assim, para não fazer feio em vernissages, exposições, mostras e bienais da vida, recomendo que se ande sempre no bolso com o seguinte Texto Justificador de Obras de Arte*:


Assim, para não fazer feio em vernissages, exposições, mostras e bienais da vida, recomendo que se ande sempre no bolso com o seguinte Texto Justificador de Obras de Arte*:

Resume-se claramente numa atividade criativa que não se conduz nos limites dos padrões dominantes, o que é justificado pela incapacidade do conformismo e pela recusa de normas e padrões, legitimando, desse modo, uma expressão crítica e autêntica.
*Obs: Recomenda-se que o texto seja recitado pausadamente e, para melhor efeito, que se coloque a mão direita sobre o queixo, se possível levantando uma sobrancelha só.
hmmm interessante.. com a proximidade da bienal já memorizei o texto... agora estou testanto as pausas... várias.. em lugares diferentes... vendo as possibilidades de intonação...
ResponderExcluirmuito obrigada por facilitar minha vida durante este período tão inquietante que é a bienal...
saber o que dizer é uma benção!
:) beijuuuu!
Agora confirmo que você é uma farsa Djegowviskler (que nome é esse?) porque o texto que você diz ser seu é meu! Provavelmente você o furtou de minha mansão quando foi lá me pedir para passear com a minha cadela, que ainda não era maior de idade, e, lamentavelmente, cedi o Chuck Norris (meu poodle rosa), que depois do passeio necessitou de cadeiras de rodas para cachorro. Você é um criminoso. E não adianta se esconder atrás de entrevistas inteligentes, o Bush já sabe o seu paradeiro! Ahhahaha, eu é quem disse. Mas voltando ao texto vc esqueceu da melhor parte, que por amor à arte, vou complementar:
ResponderExcluir“a intenção do artista emerge de um mundo sem sonhos, onde nada mais pode ser captado que não seja a inexorável existência do ser pós-humano, vazio em sua completude. Mas, na outra obra é possível perceber a reviravolta assombrosa do Eu, numa esquizofrenia vital, inspira e expira, dando vida ao que já havia morrido: a vida em cores!”
Não assinarei essa mensagem com o meu pseudônimo, para não manchar a minha reputação, assinarei com o nome de mamãe e papai: Vicente Mariano Albuquerque, brasileiro, homossexual, maior, corretor de imóveis, registrado na OAB/RS sob o nº 22051970, residente e domiciliado na Vila Conceição, na maior casa do topo do maior morro, do melhor bairro e da cidade mais que maravilhosa (me desculpem os cariocas). Beijos aos meus fãs.
Meudeuz, com esse bando de depravados, vou pedir para a Vigilância Pedrozo aumentar a segurança lá de casa...
ResponderExcluirtudo que eu precisava para visitar exposições, agora sim me sinto preparada
ResponderExcluirFinalmente posso aceitar os convites às vernissages! Obrigada.
ResponderExcluirJá pensou em publicar um mini-livro inteiramente sobre o assunto? Me ajudaria horrores!
Já.
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