Outro dia conheci um turco de Istambul. Não podia perder a oportunidade de esclarecer, em nome de todo os brasileiros com verdadeiro espírito investigativo, aquela dúvida que todos nós temos sobre este incrível povo. É verdade que, após as refeições, os turcos arrotam em sinal de respeito? Perguntei isso, convenientemente, logo depois do almoço. E então, arrotam mesmo? “Não”, foi sua resposta depois de um sorriso desconcertado. Ele disse que já tinha ouvido falar disso, mas que não sabia de onde tiraram esse absurdo. Acrescentou ainda que é um hábito grosseiro, assim como assoar o nariz à mesa.
Me dei por satisfeito com sua resposta, apesar de tudo que já li e ouvi por aí. Ainda assim, fiquei com uma pulga atrás da orelha: seria possível que ele escondeu a verdade justamente por saber se tratar de uma grosseria?
Em troca, ele me perguntou se era verdade que, no Brasil, todos os imigrantes de países do oriente médio são chamados de “turcos”.
Uma curiosidade curiosa. Achei esta menção ao hábito de arrotar após a refeição no livro “A Relíquia”, do escritor português Eça de Queirós, publicado em 1887. Há uma passagem que descreve a ação de Topsius:
“bom sabedor das maneiras orientais, arrotou fortemente, por cortesia, demonstrando fartura e deleite.”
Abaixo, outra curiosidade: uma foto, tirada do site de uma agência de turismo turca, mostra o famoso banho turco. Diliça, não?
quanta gente xexelenta...
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